Declaração foi dada por embaixador de Pyongyang na ONU; país asiático vem executando testes militares nas últimas semanas, o que irritou os EUA
Link deste artigo: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2017-04-17/coreia-do-norte.html
O diplomata
afirmou que os Estados Unidos estão "perturbando a paz e a estabilidade
globais, insistindo em uma lógica de gângster". Nos últimos dias, o
governo do presidente Donald Trump deslocou um porta-aviões e navios antimísseis
para a região e prometeu agir unilateralmente caso a Coreia do
Norte continue realizando testes nucleares e balísticos.
As declarações
do embaixador norte-coreano foram dadas poucas horas depois da visita do
vice-presidente dos Estados Unidos , Mike Pence, à zona desmilitarizada
na fronteira entre a Coreia do Sul e a do Norte, parada que não estava prevista
na agenda de sua viagem de dez dias pela Ásia.
Pence esteve
na base militar norte-americana de Camp Bonifas, a apenas quatro quilômetros da
zona desmilitarizada, e disse que a era da "paciência estratégica"
com o regime de Kim Jong-un "terminou". O vice de Donald
Trump afirmou que os Estados Unidos e seus aliados usarão "meios pacíficos
ou, em última análise, qualquer meio necessário" para
"estabilizar" a região.
O último
teste balístico executado pelos norte-coreanos ocorreu no domingo passado (16),
mas o míssil explodiu pouco depois do lançamento. "Conduziremos outros
testes balísticos com base semanal, mensal e anual", disse nesta segunda à
rede britânica " BBC " o vice-ministro das Relações
Exteriores de Pyongyang , Han Song-ryol.
“Solução Pacífica”
Ao contrário
de seu vice, Trump deu entrevista à rede de televisão “ CNN ” e
suavizou a retórica dos últimos dias e afirmou esperar que seja possível uma
"solução pacífica" para as tensões na península coreana. Já
a China , que no fim de semana havia alertado que Washington e
Pyongyang estavam "a um passo da guerra", cobrou o fim das provocações.
O objetivo
de Pequim é retomar o diálogo multilateral, que envolve também os vizinhos Rússia
e Japão e está congelado desde dezembro de 2008. Tanto Moscou quanto Tóquio
também pediram diálogo para reduzir as tensões.
Os recentes
bombardeios norte-americanos na Síria e no Afeganistão aumentaram os temores na
Ásia de que o país possa também golpear o regime de Kim Jong-um na Coreia do
Norte, que já prometeu "reagir" a eventuais "agressões" de
Washington.